DENGUE: A Luta não pode parar.

Fundação Jalles Machado
Por Fundação Jalles Machado,

Publicado em 12 de maio de 2021

Objetivo geral:

Discutir junto à comunidade escolar da Escola Luís César de Siqueira Melo, ferramentas pedagógicas interdisciplinares para minimizar os impactos causados pela epidemia de dengue, Chikungunya e a Zica vírus.

HISTÓRICO DA DENGUE:

A dengue tem ocasionados milhares de mortes em diversas regiões do mundo, e no Brasil a dengue tem se tornado cada vez mais motivos de preocupação entre os órgãos de saúde pública do país. Segundo o Instituto Osvaldo Cruz (2021), O mosquito transmissor da dengue é oriundo do Egito, do continente Africano, e que tem se disseminado por diversas regiões tropicais e subtropicais do mundo, datando aparições desde o século 16, período este marcado pelas grandes navegações do período colonial, o qual foi introduzido ao novo mundo através das embarcações que transportavam escravos usados como mão de obra nos desbravamentos coloniais.

[…] Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela. (INSTITUTO OSVALDO CRUZ, s/p).

No Brasil, o mosquito transmissor da dengue, teve referência de aparições no final do século XIX, em Curitiba (PR), e no início do XX, na cidade de Niterói (RJ). (INSTITUTO OSVALDO CRUZ, 2021, s/p). Neste contexto, segundo o IOC o mosquito Aedes aegypte já era tido como problema no pais, devido alta taxa de espécies introduzidas e sua rápida reprodução, no entanto ainda não era classificado como vetor virose da dengue.

[…] No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue — na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros. […] Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Anos depois, em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada. (INSTITUTO OSVALDO CRUZ, s/p).

Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que, a dengue incialmente não era nitidamente a preocupação mais evidente dos órgãos de saúde pública brasileiro, o que outrora pode contribuir significadamente com o aumento das infecções pelo vírus na população do país.
Cabe ressaltar também, que o relaxamento das medidas de controle ao vetor (mosquito), possibilitou ainda mais a disseminação e reprodução deste por diversas regiões do Brasil, o qual tem refletido ate dias atuais, tal qual como uma das maiores epidemias de espectro social fora de controle já vividos pelos brasileiros, sendo estes rotineiramente notificados pela doença e/ou pelo foco/ criadouro do mosquito por quase toda extensão do território.

Além do mais neste interim, pode-se afirmar junto a estes fatores a incidência da falta de saneamento básico, das despolíticas de saúde pública, da ineficiência dos órgãos de controles epidemiológicos, da Fiscalização e principalmente da falta de investimentos em infraestrutura de qualidade, o que acaba comprometendo ainda mais os riscos de surgirem novos casos infecciosos todos os dias.

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